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Israel planeja construir novo bairro em Jerusalém Oriental

No fim de setembro, foi aprovado plano de construção de 1.100 casas no local

 

israel

 

Israel planeja construir um novo bairro em Jerusalém Oriental pela primeira vez em 14 anos, anunciou nesta sexta-feira a ONG A Paz Agora, que luta contra a colonização. "O processo legal para este novo bairro, chamado Givat Hamatos, já começou", disse à AFP Hagit Ofran, um dos diretores da ONG. "As 1.700 moradias previstas para os israelenses serão construídas em terrenos patrimoniais, enquanto que outras 910 moradias erguidas em terrenos privados palestinos no mesmo setor serão destinadas a palestinos no bairro vizinho de Beit Safafa", acrescentou.

As autoridades acertaram um prazo de 60 dias para todos os que quiserem se opor legalmente a este projeto. Segundo Ofran, o governo ainda pode congelar o projeto, supondo que "não queira matar qualquer possibilidade de paz com os palestinos". Uma vez terminado, este projeto isolará o bairro de Beit Safafa do resto da Cisjordânia, principalmente de Belém, tornando impossível converter Jerusalém Oriental na capital de um futuro eEstado palestino que disponha de uma unidade geográfica no terreno, explicou.

Infográfico: Entenda a guerra por territórios entre israelenses e palestinos

No fim de setembro, Israel aprovou um plano de construção de 1.100 casas para colonos em Jerusalém Oriental, segundo o próprio ministério do Interior israelense. O público teria 60 dias para apresentar possíveis objeções ao plano, que havia sido aprovado pelo comitê de urbanização do ministério. O comitê disse que examinaria as eventuais objeções antes de anunciar uma licitação para a construção das casas. Já o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, deu a entender à ocasião que não tinha a intenção de congelar novamente a colonização na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, a parte da cidade ocupada e anexada por Israel em 1967, para tentar reabrir as negociações com os palestinos.

Dados de relatores da ONU indicavam que desde janeiro ao menos 387 imóveis, incluindo 140 residências, e 79 estabelecimentos agrícolas foram demolidos, o que causou a remoção forçada de 755 pessoas e prejuízos a outras 1.500, informou a imprensa local. "O tratamento preferencial dado aos colonos israelenses é uma discriminação explícita", manifestaram os especialistas, afirmando que, enquanto os assentamentos israelenses se estenderem para Jerusalém Oriental e o restante da Cisjordânia, as solicitações palestinas de permissões serão rechaçadas e suas casas e propriedades destruídas.

História - A Guerra dos Seis Dias - conflito armado entre Israel e países árabes, como o Egito, a Jordânia e a Síria, em 1967 -, terminou com a vitória israelense e a conquista da península do Sinai, da Faixa de Gaza, da Cisjordânia, das Colinas de Golã (na Síria) e da região oriental de Jerusalém.

A vitória israelense provocou um êxodo palestino: cerca de 50.000 fugiram para países vizinhos. Israel, por sua vez, iniciou a colonização dos espaços deixados, fixando milhares de judeus nos territórios ocupados. Os militares incentivaram, então, a colonização da Cisjordânia, acreditando que a povoação judaica reduziria as ameaças a Israel. A ONU determinou a devolução das áreas ocupadas, mas Israel exigiu que os países árabes reconhecessem sua existência e não aceitou retornar as terras. 

Os religiosos judaicos viam nos assentamentos um instrumento para assegurar o controle judaico sobre a "Judeia e Samaria", realizando o sonho da Grande Israel. Atualmente, de acordo com a organização Paz Agora, de Israel, apenas um terço dos colonos está no território palestino por ideologia. Os demais teriam escolhido viver nos assentamentos pelos incentivos fiscais e práticos oferecidos pelo governo. Os palestinos, por sua vez, querem proclamar na Cisjordânia e na Faixa de Gaza um estado que tenha como base as fronteiras de 1967. Para isso, exigem uma retirada israelense de todos os territórios ocupados desde junho daquele ano.

(Com agência France-Presse)


Movimento ‘Ocupar Wall Street’ se espalha dos EUA para o mundo

Protestos populares contra a 'ganância corporativa' são realizados em centenas de cidades

 

 NOVA YORK - Manifestantes estão tomando as ruas de capitais ao redor do mundo, neste sábado, para protestar contra a "ganância corporativa" e os cortes orçamentários realizados por distintos governos.

Organizadores preveem marchas em até 951 cidades de 82 países, em todos os continentes, inspiradas no movimento Ocupe Wall Street, iniciado em Nova York (EUA).

O objetivo, dizem, é neste 15 de outubro "unir nossa voz e dizer aos políticos e às elites financeira que cabe a nós, o povo, decidir nosso futuro", segundo o site da organização,15october.net. Centenas de pessoas já protestaram em cidades do Japão, da Austrália e da Nova Zelândia.

Em Sydney, as ruas diante do Banco Central da Austrália foram tomadas por cerca de 2 mil manifestantes, entre representantes aborígenes, sindicalistas e comunistas, segundo a agência Reuters. Em Taipei (Taiwan), onde manifestações do tipo são raras, cerca de cem pessoas se reuniram para criticar a má distribuição de riquezas.

Grandes cidades europeias, como Londres, Roma, Estocolmo e Frankfurt, também são palco de protestos neste sábdo. Na capital italiana, carros foram incendiados e lojas quebradas. 

Em São Paulo, a chuva desanimou a concentração do movimento "Democracia Real Já",reunindo apenas 70 pessoas no final da manhã no Largo São Bento.

Acampamentos

Mas ainda não está claro se as manifestações se transformarão em "acampamentos" como o que está sendo realizado nos arredores de Wall Street nos últimos meses e que cresceu nas últimas semanas.

Naomi Colvin, uma das organizadoras do protesto esperado diante da Bolsa de Valores de Londres, disse que a natureza do movimento dependerá do comparecimento das pessoas e das decisões tomadas em uma suposta "assembleia geral" a ser organizada entre os manifestantes.

"Se a assembleia decidir que devemos tentar ficar (diante da Bolsa), então vamos nos esforçar para ficar", afirmou ela à BBC.

Os primeiros protestos do tipo começaram em maio, em Madri, quando centenas de pessoas, conhecidas como os "indignados", tomaram a praça Puerta del Sol para mostrar seu descontentamento com os altos índices de desemprego da Espanha e com o que chamam de forte influência das instituições financeiras sobre as decisões políticas.

Ao mesmo tempo, observadores dizem que, enquanto os protestos na Espanha tinham demandas específicas, como cortes nas jornadas de trabalho para combater o desemprego, muitos dos movimentos inspirados no "Ocupe Wall Street" têm bandeiras mais vagas.

A onda de protestos deste sábado ocorre simultaneamente a um encontro do G-20 na França, em que políticos tentam encontrar formas de enfrentar a crise da dívida que se espalha pelos países da zona do euro.

Fonte: O Estado de S.Paulo